Para os interessados (como eu):
"O Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde, representando a maioria dos 8.000 Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica do Serviço Nacional de Saúde, vai reunir nos dias 15 / 16 / 17 de Janeiro, no Hotel Conventual de Alpendurada. Como tema principal será debatido a realização de uma greve nos dias 17 / 18 / 19 de Fevereiro.
Nos dias 15 / 16 / 17 de Janeiro, no Hotel Conventual de Alpendurada, vai reunir toda
a estrutura dirigente do Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde.
Como temas nucleares de análise e decisão estarão matérias como a inexistência de auto – regulação profissional, o exercício ilegal e inqualificado, os elevados níveis de desemprego nas 18 (dezoito) profissões de diagnóstico e terapêutica, a evolução da aplicação do Processo de Bolonha ao ensino das tecnologias da saúde e a recusa do Ministério da Saúde retomar as negociações para a revisão da carreira destes profissionais.
Este último ponto, revisão da carreira, assume particular relevo, seja porque são os únicos profissionais de saúde que não são remunerados como licenciados dos serviços públicos, com perdas salariais médias de 300 Euros / mês, seja porque os mais de 25% de profissionais que exercem em regime de trabalho precário, continuam sem expectativa de qualquer convenção colectiva de trabalho e, por tal, sujeitos aos mais variados abusos dos serviços de saúde públicos.
Esta situação é tão mais estranha e insólita quanto, em 12 de Agosto de 2009, o Ministério
da Saúde ter interrompido as negociações para a revisão da carreira sem qualquer explicação.
Tal facto determina que sejam os únicos profissionais de saúde com quem o Ministério da
Saúde não negoceia, quando os médicos e enfermeiros têm os seus processos praticamente concluídos.
Caso venha a ser aprovada a proposta de greve, os serviços de saúde irão ser fortemente afectados ao nível das cirurgias, dos serviços de sangue, altas, internamentos, terapias de recuperação, distribuição de medicamentos e serviços de saúde ambiental.
Como nota de referência da gravidade das situações que se vivem nas 18 (dezoito) profissões de diagnóstico e terapêutica, estima-se que a empregabilidade dos cerca de 3.500 licenciados formados em 2009, não ultrapasse os 2%. Pior ainda: não existe qualquer
plano de empregabilidade do Ministério da Saúde para estes profissionais, verificando-se que, paralelamente, cresce exponencialmente o exercício inqualificado no sector privado, com especial incidência em análises clínicas, cardiopneumologia, farmácia, audiologia e fisioterapia.
13 de Janeiro 2010
Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde"
... porque luto por um sistema de Saúde cada vez mais justo e mais qualificado!
BM
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