quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Very cool!!



Enjoy.

BM

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

RESGATE

 
Confesso que não fazia ideia sobre o que era este "Resgate" que, de repente, parecia fazer parte de desejo/obsessão da minha mãe.
 
Confesso também que não costumo ver TV, pelo que todas as referências às reportagens que a jornalista Alexandra Borges tem conduzido na TVI, me passaram completamente ao lado.
 
Acontece, porém, que estando de férias e com o livro de Murakami completamente devorado, me vi sem qualquer literatura, algo que não suporto muito bem.
 
Nesse dia de praia, aproveitando uma ida da minha mãe à casa de banho (abençoadas necessidades), cedi à tentação cleptomaníaca e, como se rouba um rebuçado a uma criança, resgatei para mim este livro.
 
Mas só curiosidade não mantém qualquer livro nas nossas mãos até ao fim. Li uma, duas, dez, vinte páginas. De seguida. Quando dei por mim, estava a meio do livro, lendo sem parar, vendo fotos fantásticas de brancos e pretos felizes lado a lado.
 
Li o "Resgate" num só dia. Não percebi ser possível pôr de lado o relato emocional que quer a Alexandra, quer a sua sobrinha Rita Borges, conseguiram decalcar para o papel, sem perder o teor factual que todos precisamos de integrar para perceber que, por vezes, os nossos pequenos problemazinhos são tão ridículos como o é a nossa tendência para os tornar gigantes.
 
Muitas destas páginas fizeram-se estremecer, com lágrimas a quererem saltar-me dos olhos sem permissão. Não sou de chorar e muito menos de ficar abalado com a crueldade do mundo. Muito por culpa da minha profissão que me fez ver o quão efémera é a vida.
 
Mas nada, nem profissões, nem experiências, nem relatos... nos preparam para o que se lê neste livro.
 
Trata-se de ESCRAVATURA INFANTIL.
 
Crianças vendidas pelos próprios pais, muitas vezes, para estes poderem sustentar a restante família. Crianças vendidas a pescadores do Lago Volta, no Gana, que os obrigam a trabalhar 14h/dia, 7 dias/semana, sem condições, por apenas uma ração de comida por dia.
 
Crianças que, muitas vezes, não sabem o seu nome, a sua idade e em que dia nasceram. Crianças que não sabem o que é um carinho, um abraço ou um sorriso. Crianças que temem espirrar ou rir ou falar, por poderem ser atirados ao lago, empestado de crocodilos. Muitos deles nem sabem nadar.
 
Não são pessoas, muito menos crianças. São coisas. Objectos. Máquinas que, depois de compradas, têm de ser rentabilizadas pelo seu "dono".
 
Este livro é o relato na 1ª pessoa de pessoas incríveis que dão mais de si nesta viagem que a maioria de nós em toda a vida.
 
Por partes:
Rita Borges era uma jovem estudante universitária, vítima do capitalismo feroz que vivemos. Materialista e completamente infeliz, palavras da própria. A Rita foi uma e veio outra mulher.
Ela, a tia e o repórter de imagem, Júlio Barulho, contam-nos a saga de quem partiu para o Gana, para dois deles pela 2ª vez, para resgatar aos pescadores, mais crianças escravas.
 
Foram bem sucedidos, posso verter-vos já. Mais dez crianças, perfazendo já 93, as que uma ONG americana, com quem Alexandra trabalha, alberga nos seus orfanatos no Gana.
 
Alexandra trabalha com Pam e George, outros dois heróis que peço que conheçam lendo o livro e não por mim.
 
Este trabalho estóico e fascinante, deve ser uma bálsamo para todos nós. Para mim foi. É!
 
Gostava que o lessem. Que o comprassem, para ajudar este projecto. E que aceitassem o repto dos autores e enviassem uma carta a u dos meninos dos orfanatos.
 
Obrigado,
BM

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Performance assessment and uncertainty evaluation of a portable NaI-based detection system used for thyroid monitoring

Olá a todos,

Venho partilhar convosco hoje que, o primeiro de dois artigos escritos no âmbito da minha tese foi publicado no número de Agosto da revista Radiation Protection Dosimetry dos Oxford Journals:


Eis o link para a versão digital.

De qualquer modo, fica o abstract para os interessados:

"This work aims at assessing the performance of a portable detection system, equipped with an NaI(Tl) scintillation detector for in vivo thyroid monitoring, which was properly calibrated using an anthropomorphic neck phantom. The anthropomorphic physical phantoms commonly used for the efficiency calibration of in vivo counters often present certain limitations regarding the geometry and the activity distribution. Therefore, the feasibility of these detection systems for in vivo monitoring should be assessed whenever possible. To accomplish this assessment, patients to whom 99mTc and 123I marked radiopharmaceuticals have been administered in the framework of nuclear medicine diagnostic procedures were monitored. As the biokinetic models of the administered radiopharmaceuticals are known, the time-dependent activity functions in the critical organs after administration are easily quantified. The measured activities in the thyroid using the NaI(Tl) scintillation detector were compared with the estimated activities using the biokinetic models, in order to reach conclusion about the applicability of the portable scintillation counter for in vivo thyroid monitoring. The state-of-the-art Monte Carlo computer program PENELOPE and two voxel phantoms (male and female) were used to evaluate the overall uncertainties influencing the thyroid monitoring. A computational parametric study was performed to quantify the influence of several parameters in the activity quantification (neck-detector distance, thyroid shape, thyroid size and overlying tissue thickness), which allowed one to gain insight and to better understand the discrepancies between the calculated and measured activities."


BM


terça-feira, 21 de agosto de 2012

1Q84 - 2º tomo da loucura de Murakami



Tal como tinha referido no artigo sobre o 1º livro da trilogia 1Q84, a minha irmã ofereceu-me o 2º no meu aniversário. E ainda bem que o fez.

Em apenas uma semana devorei todas as suas páginas, de tão intenso e envolvente que é.

Se considerarmos o 1º, como o "livro das perguntas", este 2º pode ser o das "respostas".

Com a mesma natureza fluída e simples que Murakami escreveu o início, vai agora deixando perceber pormenores fulcrais para a compreensão da história e dos elementos que a compõem.

Finalmente percebemos porque é que o Tengo se sentiu tão atraído pelo "Crisálida de Ar" e não resistiu a re-escrevê-lo. Porque é que Fuka-Eri entra na sua vida. E quem é ela, afinal.

Finalmente percebemos como Aomame começou a ver duas luas no céu. A força que a une a um Tengo de 10 anos a quem, um dia, apertou a mão esquerda, no maior acto de amor a que se permitiu durante toda a sua vida. Um acto de amor que mudou a vida de ambos e que os uniu para sempre.

Finalmente a Vanguarda é despida de parte do seu secretismo e deixa-se investigar pelo leitor.

Finalmente!! Este é um livro onde suspiramos muitas vezes... "finalmente". Mas nem todos os finalmentes estão lá. Falta ainda um grande finalmente. Pelo menos um. E esteve tão perto, naquele parque infantil. Enfim.

Prepare-se o leitor desta sequela para muitos momentos de suster a respiração e de inquieta ansiedade quando precisar de poisar o livro para dormir.

Os capítulos, que continuam a suceder-se à vez entre as histórias dos protagonistas, acabam por se imbricar e as histórias de ambos passam a ter lugar num espaço e tempo simultâneos.

O suspense e a inovação de conceitos e de todo um imaginário fantástico criado por Murakami, fazem, cada vez mais, deste 1Q84, uma obra de referência na literatura mundial. Algo tão forte que se torna difícil de abandonar, mesmo em tempo de calor e com ondas fresquinhas a chamar por nós.

Havia uma advertência na contra-capa do livro, à qual não prestei particular atenção. Devia.
"Cria dependência", lê-se, em tom de sábio conselho. Se pensam que é apenas mera publicidade desprovida de conteúdo e cheia de forma por um homem qualquer do marketing... digo-vos já que não é.

O 3º ainda não saiu e eu começo a parecer um tolinho a entrar em todas as livrarias a perguntar quando sairá. Ninguém sabe.

Depois de esburacar na net e face às incessantes investidas de viciados leitores, a editora publicou na sua página do facebook que o 3º volume chega em Setembro aos escaparates das livrarias portuguesas. Enfim. Esperar por Setembro... pode ser extenuante.

Estão a pensar comprar o 1º?
Querem um conselho? Comprem, se puderem, todos de uma vez só.
Leiam tudo de enfiada. E não se esqueçam de respirar.
Se conseguirem.

BM

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

EU TAMBÉM!



BM

terça-feira, 14 de agosto de 2012

A Mesa do LX

Olá a todos.

Como sabem, a passada 5ªf foi dia do meu aniversário. Como já vem sendo habitual, tentei reunir alguns dos mais queridos amigos num jantar de comemoração. É verdade que, para mim, todas as oportunidades para reunir amigos e para jantar fora são boas, mas... esta noite foi, de facto, muito especial.

Gosto de ver à mesma Mesa pessoas que me dizem tanto e que provêm de sítios e momentos da minha vida tão distintos. Desde a escola secundária passando pela faculdade e pela política, até chegar ao trabalho mais recente. E, mesmo nesta salçada de origens, tudo encaixa na perfeição!

A única variável todos os anos é o restaurante. Normalmente gosto de arriscar em novos sítios. Sei que pode ser desastroso, mas... se for... estou acompanhado das melhores pessoas que outra pode ter em desastres.

Este ano optei por um restaurante que já tinha tentado experimentar algumas vezes antes, sem sucesso. Bati, pelo menos, duas vezes com o nariz na porta.
Este ano jantámos no "A Mesa" na LX Factory.

O que primeiro me atraiu para aquele espaço foi o conceito. Uma única mesa onde todos os clientes se sentam para comer. Onde todos fazemos parte de um só jantar. Onde podemos partilhar refeições e conversas e até talvez, quem sabe?, encontrar no parceiro(a) do lado, a cara metade que come civilizadamente sem abrir as asas e que nos conquista garfada a garfada.

É uma mesa inteirinha de possibilidades.

O prato forte é a pizza e a originalidade está na maneira em como é servida, que muda da noite para o dia. Vejamos:

- Ao almoço... nada de especial ou de novo... os normais triângulos, uns atrás dos outros...


- Ao jantar, os triângulos dão lugar a pequenos quadrados que urgem ser comidos de uma vez só, em dentadas famintas de prazer!



A massa das pizzas é fina e estaladiça e a qualidade é divinal. As pizzas são bastante saborosas e numa proporção bastante adequada. O que dizer mais sobre a cozinha deste restaurante? Irrepreensível!

A Mesa está posta de 3ªf a 6ªf - das 12h às 15h e das 19h30 às 00h00, ao sábado - das 13h às 16h e das 19h30 às 00h00 e ao domingo - das 13h às 17h00.

Como já todos devem saber, a LX Factory fica em Alcântara e para quem quiser um cheirinho do que poderão encontrar neste magnífico espaço, aqui fica a fotografia do meu jantar de aniversário de 2012:



Bom apetite!

BM

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

1984 vs 1Q84 ou a Loucura de Murakami


1984. Japão.

No mesmo ano, em Portugal, nascia Bruno Martins na Rua da Palma, ali perto do Intendente. Sim, do Intendente. E depois?! Apesar de ser um facto que em nada enriquece a prosa, acaba por ser matéria suficiente para falar em público do meu aniversário de singelos 28 verões. 28!

Enfim, adiante. Para que conste, voltei às origens: no Sporting e a escrever com papel e caneta. E que bem que tudo isto sabe. 

Mas é do livro e não de mim (de mim, não mesmo!) que vos quero falar hoje. 

Confesso que nunca me tinha interessado por Haruki Murakami. Em algum local esconso do meu subconsciente, o escritor apresentava-se apenas mais um romancista de gaja. Até ao mês passado não lhe tinha dado qualquer hipótese. Percebo agora o grave erro que cometi. 

Também não me orgulho do motivo do meu primeiro interesse pelo livro, mas vendo bem as coisas, é capaz de ser uma razão tão boa como qualquer outra; talvez não tenhamos sempre de ser profundos e intelectuais, mesmo quando se trata de literatura. O livro chamou-me à atenção pelo título. E, como já devem ter percebido pelo início do artigo, por ser tão estranhamente semelhante ao ano em que nasci. Parece que este ano foi profícuo em baptizar livros. 

O livro começa lento, descritivo. Personagens e lugares. O habitual. Os capítulos são protagonizados, à vez, por Tengo, a personagem masculina, professor de matemática e pretenso romancista (alter-ego de Murakami?!??!) e por Aomame, a personagem feminina, instrutora de artes marciais e assassina profissional. 

As histórias são as das vidas de ambos. De ideais e religiões. De vícios e virtudes. Mas... a certa altura, tudo se transforma. 

Aomame começa a descobrir factos que desconhecia sobre o mundo. Pelo menos sobre o mundo que ela conhecia. 

Tengo vê-se embrulhado num caso de ética discutível em que os pormenores da história de uma menina de 17 anos começam a cruzar-se estranhamente com as descobertas do novo mundo de Aomame. 

A ligação destas personagens deixa-se perceber logo neste primeiro volume, mas não vou dizer como, naturalmente. 

Vou apenas acrescentar que o primeiro volume termina da pior (ou melhor, dependendo da perspectiva) maneira: completamente anti-clímax! Quando se pensa que se vai descobrir alguma coisa. ZIP. Página em branco. Índice. End of chapter one. WHAT?!?!?

De qualquer maneira, a escrita de Murakami é brilhante e vale só pela fluidez que tem. Nem parece que estamos a ler. Mais parece um filme que nos passa pelos olhos, do qual não conseguimos desviá-los, nem sequer para comer uma pipoca.

Brevemente poderei dizer se o segundo volume é tão bom como o primeiro, uma vez que a senhora minha irmã fez o favor de acabar de mo ofertar. GRAÇAS A DEUS! OU A ELA, melhor dizendo, porque esperar agora pelo desenrolar da história iria ser bastante cruel.

Portanto, este adeus é apenas um até já.

Ab
BM

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Música, Combate, Suor, História, Resistência, Perseverança, Consciência, Conhecimento e Amor.

É assim que defino o meu treino de hoje. É assim que defino uma opção de vida. 

MENS SANA IN CORPORE SANO. 

E como no meu dia de anos não vai haver treino... tive hoje a minha pequena homenagem (ainda que por mera coincidência) durante o alongamento (desculpa lá Marta Bento, mas baldei-me um bocado nos estiramentos; esta música... é demasiado poderosa).



Obrigado a todos os que partilham comigo a alegria de manter o nosso santuário saudável.

BM



domingo, 5 de agosto de 2012

Romeu e Julieta na Quinta da Regaleira

fonte

Olá a todos, boa semana. 

Este fim de semana reuni os amigos do costume e rumámos a Sintra, mais propriamente à fenomenal Quinta da Regaleira, para assistir à adaptação da mais famosa peça de Shakespeare - Romeu e Julieta, pelo grupo de teatro Byfurcação.

Começando por um jantar bastante simpático no restaurante da quinta, num dos pátios deste jardim edénico, onde podem escolher entre um prato de carne, peixe ou vegetariano e apreciar jazz enquanto tomam a vossa refeição, podem, se conseguirem e forem conscientes do vosso lugar na natureza, partilharem o vosso "eu" com o ambiente que vos rodeia e fazerem parte daquele microcosmo típico da Regaleira. 

Deixem-se estar até o altifalante anunciar que o espectáculo vai começar. 
Seguem-se quinze minutos de introdução à trama num dos edifícios manuelinos da quinta, com personagens a aparecerem de todas as arcadas e penduradas nas paredes. Simplesmente brilhante. 

Após esses quinze minutos, serão conduzidos a outro pátio onde se desenrolará o resto da trama que se prolonga por cerca de 2h. Durante esse período assistirão, repletos de arrepios com toda a certeza, às venturas e desventuras do casal apaixonado mais famoso de sempre. 

À história nada posso acrescentar, mas da adaptação preciso dizer que está excelente! Dos mais aos menos novos actores, todos fazem um ou mais papelões. A quantidade astronómica de texto que tiveram de decorar e que conseguem interpretar, muito mais que apenas debitá-lo, é algo completamente inolvidável. 

Arrepiei-me por diversas vezes com o jogo de luzes entre as personagens, as fragas e as árvores da quinta. Sem dúvida nenhuma, um casamento polígamo não só mais do que legal, como repleto de harmonia e frutos de amor. 

Em cena até 28 de Outubro, de 5ªf a domingo, pelas 22h. O preço é simpático: 15euro sem jantar e 25 com jantar. 

A não perder. 

É daquele tipo de coisas que nos alimenta a alma e que ajuda a dar sentido à existência humana. 

Obrigado.

BM




"xiu... calem-se..."

"... E apreciem as plantas a dançar!"

E é isto que vos pode dizer quem sabe da vida e comunga com a natureza.

Obrigado cell killer.

BM

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Newsletter!!







Até amanhã!

BM