Pressa, reboliços, turbilhões e ansiedade.
Como é possível querer fazer tanta coisa?
Porque não te contentas com aquilo que tens, que sabes, em que és bom? Porquê?
Porquê ir para casa pensar como seria se.
Trabalhar, estudar e pensar no que se poderia estar a fazer ao invés. Estar melhor onde não se pode estar. Será que estaria?
Chamamento, vontades, insónias e taquicardia.
Uma leve brisa faz-te arrepiar. O cheiro do café conforta-te, aquece a alma inquieta.
Relativiza! Olha em redor. São 17h e já 25 os mortos na Madeira, por causa das chuvas.
Tens a certeza que as tuas frustacõezinhas são assim tão importantes?
Diria a tua amiga "Mas é o MEU problema!", pois, pois é. E ainda bem. Mas então, porque custa tanto?
Ajudem. 24h não chegam. Uma só vida não chega. Tantas ideias no notebook de papel refinado e tão pouco tempo para as viver. E ninguém ajuda. Porquê?
Porque te acham o super-homem, uns, ou um parvalhão com a mania, outros. Mas não.
És um homem, apenas. Como os outros. Só queres ser feliz. O problema, o único problema, é que isso é mais difícil para ti. A vidinha normal não te chega. Isso é mau? Acho que não. Mas não é fácil! É um trapézio sem rede, essa tua vida que vives entre estradas, casas e sonhos. Vives onde, mesmo? Não sei... e tu também não. Não pertences a lugar nenhum, a não ser em ti mesmo. Vives em ti, só em ti. Isso chega-te?
Oh, claro que não!! Mas como mudar, senhor?
Do amigo
Bruno Martins
Museu da Electricidade - 20/02/2010
BM