domingo, 19 de setembro de 2010

The Lost Symbol...

...o meu companheiro de viagem pela Tunísia e pela Grécia. :)



Finalmente o review do último thriller de Dan Brown. 

Os fãs do romancista de New England não ficarão defraudados com este livro. E tudo porque segue rigorosamente a mesma estrutura de todos os outros. É pena, porque as reviravoltas, as passagens para a frente e para trás no tempo, os bons que se revelam maus e os mistérios da Humanidade desvendados começam a tornar-se mais do que óbvios, clichés.  

Depois da Opus Dei e dos Illuminati, chegou a vez da Maçonaria ganhar espaço na narrativa e na vida de Robert Langdon. 

(pausa para ressabiamento nível 10: o Benfica acabou de inaugurar o marcador contra o Sporting, que maçada). 

Voltando à literatura: o livro imbrica a Maçonaria, os Antigos Mistérios da Humanidade e a ciência de uma forma a que o autor já nos habituou. Inteligente e bem documentada. 

Introduzindo a Ciência Noética na vida das demais esferas do conhecimento da sociedade, Dan Brown lança para a reflexão colectiva alguns assuntos polémicos. Para além da Maçonaria, dos seus rituais, iniciações e mestres de quem ninguém desconfiaria, o autor enriquece a história com a investigação de Katherine, a irmã do importante Masson Peter Solomon, que no seu laboratório secreto e único no mundo (no edifício do museu Smithosonian, em Washington), consegue o impossível: provar a existência da alma humana e mais... quantificar a sua massa. Sim, em kg, mesmo. 

Para quem não leu, ou não sabia, a Noética, do Grego Nous que significa Mente, é a CIÊNCIA que estuda os fenómenos SUBJECTIVOS da mente, da consciência e até do espírito e da alma. Há aqui alguma contradição?! Sim, parece que sim. Ciência e subjectividade na mesma frase? Pois.

Robert, o principal e conhecido simbologista, vê-se envolvido na busca pelos Antigos Mistérios protegidos pela Maçonaria Americana, os quais teriam a capacidade de precipitar o Apocalipse. No entanto, o Apocalipse aqui tem outro significado... Não, não é o fim do mundo. É antes uma viragem na história da Humanidade. A operação de uma transformação de uma magnitude inqualificável. O renascer do conhecimento. O acordar dos Homens para o seu potencial, para as suas capacidades. 

É impossível ler este livro e não repetir vezes sem conta daí para a frente: "God lies within me".

Não vou revelar qual é o símbolo perdido, como é lógico, nem sequer o que é, ou são, os Mistérios Antigos, mas deixem que vos diga que é bastante inesperado e deixa qualquer céptico a pensar... 

Só acrescento que, quando a palavra sagrada se refere aos templos do senhor, erradamente interpretados como grandes edifícios, Igrejas opulentas e Mosteiros gigantes... está, na verdade, a referir-se a todos e a cada um de nós. 
"You are the temple of God".

Mesmo sabendo que a linha condutora do livro não é inovadora, aconselho vivamente a sua leitura. Os factos sobre religião, maçonaria e ciência e a maneira como estão interligados, são tantos e tão bem definidos que ler este livro é uma mistura de prazer com uma ansiedade de querer absorver conhecimento que dificilmente por outro canal chegaria à maioria das pessoas. 

Outro ensinamento que levo deste livro é que "It is always darkest before the dawn"... portanto não se deixem abater pelas dificuldades. Todos temos algo de bom à nossa espera. Temos é de ir atrás dela...

Para reflectirem antes de voltarem às vossas vidas e esquecerem que leram este rabisco:

"That wich is impenatrable to us really exists. Behind the secrets of nature remains something subtle, intangible, and inexplicable. Veneration for this force beyond anything that we can comprehend is my religion".

Albert Einstein


What we have done for ourselves alone dies with us; what we have done for others and the world remains and is immortal". 

Albert Pike

Boas leituras. 
PS.: Recomendo a versão original. As traduções às vezes... Enfim, percebem o que quero dizer.
BM


2 comentários:

Ana disse...

Fiquei com vontade de ler. Bela review!

Bruno Martins disse...

Tava inspirado... pq será?

BM