domingo, 17 de outubro de 2010

Homem do Deserto

Disse ela de mim, um dia.
Decerto por ser aventureiro
Ou, quem sabe, por ser o primeiro
Que na solidão... morria.

Deserto de areia
Tempo de pó
De uma alma que vagueia
Entre tanta gente e tão só

E no meio da entropia
Era dela
A Luz que eu via

E do deserto apenas ficou
O calor e o desejo...
Que a sua pele saciou. 

 Bruno Martins
Caneças,
17/10/2010