O corpo desperta
Já vão sendo horas
A vida por ele aperta
Apanhado na multidão
Que se acotovela no Metro
O corpo dormente
Segue em pé e vai de retro
Trabalha todo o dia
Amarga, cai-lhe cabelo
Mas sorri também, enquanto conversa
E, no fim do dia,
Quando regressa
Encontra o seu elo
Estremece, perde a noção
Brilham-lhe os olhos
Pequenas gotas saem-lhe tímidas
Aquece e arrefece sem parar
Tremem-lhe as mãos...
Apenas por a poder cheirar.
Bruno Martins
2010
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