terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Iron Lady



Dirigida por Phyllida Lloyd, Meryl Streep é Margaret Tatcher, The Iron Lady


A primeira mulher a desempenhar o cargo de primeiro(a)-ministro(a) no Reino Unido e bem conhecida pelas suas políticas conservadoras de direita. 

A sua oposição ao regime soviético era quase visceral e, provavelmente, irracional por desconhecimento da realidade. A verdade é que, contra todas as dificuldades, enfrentando diversos lobbies, lá conseguiu chegar à chefia do seu partido Conservador e 4 anos mais tarde a chefe do governo.

Serviu durante 11 anos e, durante esse período, foi amada e odiada diversas vezes, até se ver obrigada a pedir a demissão. 

Ficou claro que o caminho que ela escolheu, de AUSTERIDADE, não resolveu coisa nenhuma... pode ser que alguém comece a pensar nisso e que perceba que se não resolveu naquela altura, talvez também não resolva agora em Portugal ou na Grécia... 

Mas enfim, não é de política que vos venho aqui falar hoje, mas sim de cinema. 

Meryl Streep está igual a si a mesma. Fantástica. Mais uma brilhante interpretação para somar a tantas outras com que já nos brindou. Parece-me muito difícil não adorar esta senhora. A sua capacidade de se transformar a cada papel é notável. 

Quanto ao filme: quero começar por dizer que gostei. É uma fita que vale a pena ver, nem que seja para nos lembrar da história. Mas a verdade é que o filme está bem feito. Tem um ritmo interessante e deixa-nos sempre atentos ao que se vai passar a seguir. Era fácil este filme cair no tédio e no desinteresse, mas a equipa foi capaz de encadear os acontecimentos de maneira a que o espectador está em permanente ansiedade, o que, neste caso, é bom sinal. 

Apesar de ter um mísero 6,2 no iMDB, é decerto um filme memorável e não apenas só mais um. Por outro lado, parece-me que Meryl tem hipóteses de convencer a Academia e de levar o Óscar para casa.

Uma coisa é certa: da polémica não se livra. Muitos britânicos referem que o filme não caracteriza bem a sua Dama de Ferro. Outros, por outro lado, dizem que os primeiros só fazem estas declarações por sentirem vergonha de assumir que a ex chefe de estado esteja taralhoca e tenha alegres conversas com o seu falecido marido. 

Não percam, by the way.

BM



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