Que pena não haver mais homens destes.
Não quero comparar as coisas, as épocas, ou as atrocidades, mas tremo se algo semelhante volte a atingir-nos.
Como iríamos nós resistir agora?
Este filme, que é a justa homenagem a um homem que Portugal e os portugueses têm teimado em não lembrar, é uma produção de rara qualidade em Portugal.
Para além da história fantástica, à qual pouco posso acrescentar, o filme conta com as espectaculares interpretações de Vítor Norte (de quem até nem sou muito fã, mas que vai muito bem como Sousa Mendes), de Carlos Paulo, no papel de Rabino Kruger, Leonor Seixas como a pretensa jornalista Alexandra Schmidt e com João Monteiro como o jovem Aaron Apelman.
Todo este elenco foi dirigido por João Correa e Francisco Manso, que fizeram da história de um cônsul que salvou mais de 30.000 vidas, muitas delas de judeus, uma notável obra da sétima arte.
Já antes aqui tinha enaltecido a evolução do cinema português e esta fita é mais um excelente exemplo disso.
A sonoplastia, mais uma vez, está realmente muito melhor e a fotografia também ficou muito boa, se bem que a paisagem de Viana do Castelo também ajuda bastante nesta tarefa.
Apesar de ser um tema já muito batido, o filme é dinâmico e longe de ser aborrecido.
Não pensem que só por ser português não vale a pena irem ver ao cinema.
Olhem que vale.
E muito!
BM
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