Senhor Vento, bate à porta?
Senhor Vento, pode entrar!
O senhor vem de tão longe
há-de trazer que contar.
O senhor viu outras terras?
Viu palmeiras? Viu o mar?
Quantas torres de castelo
viu antes de cá chegar?
O senhor Vento é cigano?
Ou não tem onde morar?
Olhe a minha chaminé...
Se quiser, pode ficar.
O senhor tem olhos verdes?
Ou tem-nos cor de luar?
Sempre por fora de casa...
Sua mãe vai-lhe ralhar!
Vá-se embora, senhor Vento!
Tem navios a esperar.
Ajude-me a adormecer.
Volte quando eu acordar!
Autora: Maria Eulália de Macedo
BM
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