quarta-feira, 5 de março de 2008

Fantasporto 2008

Há já vinte e oito anos que o Festival Internacional de Cinema agita a Invicta.
Este ano, porém, esta onde de alternativa, fantasia e terror chega também a outras cidades do nosso fantástico norte de Portugal.
Aveiro, Braga, Coimbra, Gaia, Gondomar, Matosinhos, Vila Real e Viseu.
São estas as cidades que acolhem, a par do emblemático Porto, a 28º edição do Festival.


Esta é uma iniciativa ímpar e incontornável no nosso país. Aconselho vivamente a todos os portugueses, em especial aos amantes do suspense e de arrepios (vá, e de muitos gargalhadas.... se forem às sessões de classe B-Z... os low budget acabam sempre por ser fantásticas comédias) que se tirem
dos seus cuidados e dêm uma escapadela a uma sessãozita.

Foi o que eu fiz! Pela primeira vez fui ao Fantas. Daquelas coisas que pensava...
"um dia hei-de ir ao Fantas..." e fui!
E ainda tive o privilégio de conhecer o Rivoli, teatro de histórica importância na cultura portuguesa, cuja gestão está, actualmente, e a meu ver, mal, entregue a privados.
Conheci ainda o Teatro Sá da Bandeira que, sendo fantástico carece, com alguma urgência, que alguém lhe preste cuidados de cirurgia reconstrutiva!
Não podemos deixar as nossas casas da cultura desaparecerem ou perecerem sem nos batermos pela sua digna manutenção.
Afinal, é lá que vamos alimentar o nosso selvagem corpo intelectual.
É também lá que despimos a política, a religião e outros dogmas, que questionamos o
mundo e os seus governantes, as leis da física e as suas subtis inconsistências... a própria Vida.
Exemplo disso são algumas fitas que passam no Fantas.
Recomendo Innocence de Paul Cox, que conta a história de um homem e uma mulher que reencontram a chama de um amor passado, nas misteriosas linhas da 3ª idade. Delicioso.
Não posso também deixar de recomendar The Tattoist de Peter Burguer.
Um thriller que gira à volta de uma tradição milenar, tribal, que passa de pai para filho.
Não fosse aplicada pelo Homem, até poderia ser inocente.
Mas quando corre mal... há gente que morre. Gente inocente que morre.

A não perder.

BM



5 comentários:

Andrea Santos disse...

"Primeiros", e só para começo de conversa... és um mete-nojo! "ah e tal, fui ao Porto... fui ao fantas, fui ao rivoli, fui ao sá da bandeira, fui à china..." só para se armar em bom... lolololol

"segundos", acho mal que eu ainda n tenha ido conhecer o Porto... que falha... mas enfim

Depois... quero dar-lhe os parabéns pela divulgação do evento e crítica perspicaz e aguçada sobre o estado de conservação (ou da falta dela) em que os nossos equipamentos culturais se encontram! É uma vergonha... felizmente ainda há quem tenha a arte e o engenho de organizar eventos de qualidade por esse país fora...
quem sabe não seremos os próximos... ;)

bjs
A

Bruno Martins disse...

Primeiros: obrigado pela crítica.
Segundos: ainda não fui à China. Se bem que não me importava. hihi
Terceiros: eu não me armo em bom. simplesmente SOU... (parvo, claro :))

bjs repenicados na bochecha fofinha
BM

Rita B. disse...

Allô!!
É só para dizer que SUPOSTAMENTE as idas ao Porto do menino Bruno são EM TRABALHO!!!
Beijos

Bruno Martins disse...

ai sim? às 21h30 da noite também?!??!?!?!?

esqueces-te que passámos lá 4 dias (entre viseu e porto) e que de noite não se trabalha.

janta-se, vive-se um bocadinho (vai-se ao cinema, por exemplo)e depois dorme-se.

é assim tão estranho?!?

Rita B. disse...

Se estivessm realmente cansados... Nem tinham fome!!!
É pra trabalhar, é pra trabalhar... E mai' nada!!!
Bjkas