domingo, 8 de agosto de 2010

A Aldeia mais Portuguesa de Portugal

Monsanto


Desde 1938 que esta aldeia do Concelho de Idanha-a-Nova tem este merecido título: "A Aldeia mais Portuguesa de Portugal".

A aldeia conta com 131,76 km² de área e 1 160 habitantes, apesar de serem muito poucas as pessoas que se cruzam com os vereaneantes que por lá passam.

A cerca de 25 km da sede de concelho e a 42 km de Castelo Branco e da Guarda ou a 258 km de Lisboa e 176 km do Porto, esta é uma aldeia que vale a pena e o esforço de suportar o calor da viagem de carro para se poder subir ao Castelo.

O acesso à aldeia faz-se pela Estrada Nacional 239 e pela Estrada Municipal 567.





Conquistada aos Mouros por D. Afonso Henriques, Monsanto foi doada à Ordem dos Templários, que lhe edificaram o castelo, em 1165, sob as ordens de D. Gualdim Pais.
Havendo registo de presença humana desde o Paleolítico, Monsanto viu acontecer vários cercos, várias tentativas de conquista por outros povos e por vários exércitos.





O seu castelo, erguido no topo do monte, começou por ser um castro lusitano, que foi depois restaurado pelos romanos. O castelo sobreviveu sempre às duras batalhas da qual foi teatro de guerra, mas no século XIX uma explosão do Paiol, na noite de Natal, destruiu grande parte da edificação. Contudo, restam ainda as torres do Peão e de Menagem, bem como a Capela de São Miguel, que data do século XII.


Para vir a Monsanto deixo vários conselhos:

- Calçado MUITO confortável, já que para chegar ao Castelo precisam de subir bastante;
- Levem água convosco ou comprem-na nos 3 ou 4 bares existentes no início da caminhada. A partir de certo ponto, deixam de haver xafaricas que vos salvem...;
- Existem algumas lojas de artesanato e umas senhoras pelo caminho a venderem as típicas Marafonas, bonecas de trapo popularizadas nas Festas das Cruzes. Não façam como eu "quando descer compro..." é porque quando descerem há forte possibilidade de estar tudo fechado... 
- Se estiverem em Castelo Branco ou na Guarda é muito fácil ir e vir no mesmo dia. Mas se optarem por ficar mais do que um dia em Monsanto e disfrutar de um magnífico pôr-do-sol (capaz de pôr o mais insensível dos seres... a reflectir...), podem pernoitar no Hotel Pousada de Monsanto (Rua da Capela, 3 - Monsanto 6060-091 - Castelo Branco - Portugal ), que fica logo à entrada da aldeia, junto à igreja Matriz. 
- Tentem levar o carro até ao ponto mais alto em que é permitido transitar... pois não precisam de mais subidas do que aquelas que vão fazer a seguir...;

Ao subir por aquelas estradas rústicas e ao passar por todas as casas graníticas vão sentir que fazem parte de outro Universo. Que regressaram à Lusitânia e que os Lusitanos voltaram a ser os senhores do mundo... e ao chegarem ao topo do Castro ou do Castelo, se preferirem, poderão contemplar uma planície que não tem fim, cravada de lagoas e árvores... e as montanhas, lá longe, como que a emoldurar a paisagem. 

E vão querer dizer que são os "Reis do Mundo!" como eu.




Nestas férias descobre o teu país!


Bjs
BM



4 comentários:

Rita B. disse...

Querido Bubu:

Numa palavra: Adorei!!
A simplicidade daquela terra, a paz que se alcança lá em cima, as paisagens magníficas...

Concordo com o calçado confortável (e que dissertação poderia eu fazer sobre este assunto!), com as aguas e com as compras!

Mas o melhor mesmo, e acho q isso não mencionaste, foi o facto de se ter por perto a mais maravilhosa das amizades!

Obrigada (a ti e ao Rui) por este presente...

E por falar em Presentes..... PARABÉNS!!!

Mts beijos
RB

Bruno Martins disse...

Olá Ritinha.

Ainda bem que gostaste. Eu tb adorei.

Não mencionei as amizades, pq as pessoas podem não ter a mesma sorte que eu e partilhar esta mini-viagem com duas pessoas como vocês os dois.

Eu é que agradeço. Nunca esquecerei aquele pôr-do-sol, por mto que viva.

bjs
BM

Andrea Santos disse...

Tens uma foto maravilhosa. Não deixei comentário no flickr porque já não me lembro da minha pass. lol

Ricardo disse...

Andava eu a explorar o Nau quando me deparei com este post.
Monsanto é, de facto, uma aldeia especial. Diz-me muito por ter vários episódios da minha vida associados à terra, uma vez que passei sempre as minhas férias de infância e juventude no concelho de Idanha-a-Nova.
Abraço.