Na passada segunda-feira, e com a ajuda de 4 alunas e da Professora Beatriz Taborda da Escola EB 2,3 dos Castanheiros, procedemos à inauguração da exposição que visa incitar os mais jovens e a população em geral a debater as questões dos Direitos Humanos, tendo por mote o Holocausto.
Apesar da Casa da Cultura não ter enchido (uhm... a cama devia estar tão mais quentinha, não era??) tivemos a sala bem composta. Esteve quem devia estar. Quem se interessa. Para quem dá gosto trabalhar. Se fosse uma escandaleira qualquer sobre a "casa das parvoíces" ou "dos segredos" ou lá o que é, aposto que estava a abarrotar.
Mas quem não deixa esquecer as atrocidades que se cometeram em nome de ideais, encerra em si mesmo uma arma de construção maciça que nenhum programa para autómatos conseguirá promover: a capacidade de pensar, de criticar, de questionar e, assim, tornar-se mais atento, mais exigente, mais participativo. Conseguir perceber que não existem inevitabilidades. Há sempre alternativas, basta querer, basta lutar. Não há argumento nenhum que possa branquear a história. Mas devemos estudá-la, percebê-la, para não cometermos os mesmos erros novamente. Por exemplo, não vos parece (e perdoem-me a comparação, mas vem a talhe de foice) idiota acreditar novamente nos dois maiores partidos de Portugal que, juntos, constroem orçamentos e medidas de austeridade que penalizam quem trabalha mas que, ao mesmo tempo, organizam cimeiras da Nato para a qual dão tolerância de ponto (e a produção?!? este ano já lá vão duas: Papa e Nato... e depois quando os trabalhadores fazem greve porque lutam pelos seus direitos, são apelidados de calões... mas que grande lata!) e compram viaturas que ascendem aos milhões de euros?!!? Mas estão a gozar?
Fica para pensarem.
O que me passa pela cabeça só por ver a inércia deste país, espelhada em coisas tão simples como o desinteresse pela cultura e pela dinâmica locais. Está também nas mãos dos nossos governantes regionais e concelhios reverter esta situação. Como disse na inauguração, as instituições públicas têm o dever de também elas educarem os cidadãos. Educação para a saúde, para o ambiente e também, raios me partam, para a cultura senhores.
Em boa verdade o que é que esta câmara Municipal tem feito em Caneças? Já nem falo de equipamentos ou obras, que isso já é tão vergonhoso que temo a verborreia que me apetece escrever. Ou mesmo as empresas municipais com este ou aquele nome, com este ou aquele presidente/militante socialista? O que fazem elas?
Descentralização, já ouviram falar?!
Caneças merece mais. E a sua população também. Não baixarei os braços enquanto estes incompetentes não deixarem os tachos que têm há mais de uma década.
Tenho dito.
Abraço,
BM
2 comentários:
Muito bem, amigo Bruno. Eu e a Adelina não conseguimos mesmo ir à inauguração...com o Festival de BD da Amadora a decorrer e com festa de confraternização dos membros da equipa d'Os Escudos da Lusitânia na noite anterior à inauguração da exposição, foi impossivel. Mas ainda quero ver a exposição. Ah, e quanto a quereres um deck d'Os Escudos...para o ano espero ter uma surpresa para todos. Grande Abraço
EH LÁ... surpresas pó ano?? pó Natal é que era...
BM
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