quarta-feira, 28 de março de 2012

Ser uma ENZIMA 1-0-1

Começo já por dizer que não pretendo dar qualquer lição de seja o que for a ninguém. Pretendo, apenas, partilhar alguns bons ensinamentos que adquiri com a leitura do precioso livro "O Desafio da Liderança" de Kouzes e Posner. 



Este artigo é dedicado a quem, de repente ou planeado, é pedido que lidere uma equipa. 

Ver-se a braços com esta nova tarefa pode ser tão stressante como motivador. Depende da maneira como aceitamos a responsabilidade e como nos tornamos mais do que éramos enquanto indivíduo trabalhador. 

Quando sentimos que podemos fazer a diferença. Num acto, numa palavra, num olhar. Creio que qualquer coordenador, líder ou responsável de equipa que aceita que precisa de aprender e se dedica a ler exemplos de outros que já passaram pelo mesmo, terá muito mais facilidade em levar a bom porto os seus objectivos. 

Para mim, são muito claros: fazer bem à primeira e com felicidade. A primeira parte da frase não me chega. Quero promover a excelência. Quero integrar uma equipa de jovens notáveis, capazes de conseguir os melhores feitos, mas sempre de sorriso no rosto! Sempre prontos a enfrentar os obstáculos, sem encolher de ombros, sem a inevitabilidade da crise ou da depressão dos dias que se tornam todos iguais. NÃO! Insurjo-me contra isso! 

Quero mais! Quero melhor! Todos os dias podemos aprender! Todos os dias podemos encontrar maneiras de fazer melhor o que já fazíamos bem, corrigir o que fazemos mal e tornar a vida de todos os envolvidos um pouco melhor. 

Claro que isto é levado ao extremo quando trabalhamos com e para pessoas. 

Esta é a minha VISÃO. 

Mas eu sou um  pioneiro ainda neste campo. Talvez seja mais profícuo, então, partilhar algumas opiniões de destacados líderes de várias áreas da sociedade. Vamos a isso.

Louis (Tex) Gunnig - Unilever -  "As pessoas querem ter vidas com significado; querem crescer e querem fazer parte de uma organização que as ajude a contribuir para qualquer coisa que é muito maior do que qualquer coisa que pudessem criar sozinhos". 

Esta é, para mim, uma citação que esclarece muita coisa. É natural que em colectivo conseguimos muito melhores resultados. Mas é importante perceber que o colectivo não pode nunca esmagar o individual. É preciso que todos e cada um de nós, consigam ouvir a sua própria voz no discurso global. Não aceitar que a individualidade enriquece o colectivo é dar um tiro no pé. 

foi precisamente isso que Michael Lin fez na sua empresa de tecnologia wireless, quando percebeu que "O nosso papel de liderança consistia em gerir essas tensões para trazer ao de cima o melhor de cada um".

E antes de terminar este 1-0-1, proponho um exercício do livro a todos os que coordenam ou pensam poder vir a coordenar equipas: 

"ESCREVA UM TRIBUTO A SI MESMO" (versão resumida, adaptada por mim) Como? Respondendo às seguintes perguntas:

1. O que defende? Porquê?
2. Com o que é que se sente desagradado? Porquê?
3. Com o que é que se sente apaixonado? Porquê?
4. O que não o deixa dormir à noite? Porquê?
5. O que quer para a sua vida? Porquê?

"Para escrever o seu tributo, para liderar, vai ter de ser capaz de responder a estas perguntas."

Assim rematam os autores. 

E eu, até 1-0-2. 

Bom trabalho!

BM


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