Chegou, para mim, o fim da aventura de Katniss Everdeen e das suas lutas pela liberdade, pelo amor e pela justiça. A mocinha pode, finalmente, poisar o seu vestido de mimo-gaio.
Se tivesse de traçar um gráfico da minha preferência, em ordenadas, ao longo dos livros da saga, em abcissas, facilmente se revelaria uma distibuição normal na ponta da caneta. Sim, estou com isto a dizer-vos que o ponto alta da trilogia não foi o último livro, muito menos o final. Continuo a gostar mais do segundo.
O primeiro foi a novidade... que é sempre interessante. A esperança de mais uma epopeia fantástica, com crítica social e apelo à imaginação que cada menino dentro de nós guarda nas profundezas das nossas máscaras de adulto. O segundo tem um ritmo alucinante que nos torna incapazes de o poisar antes de chegar ao fim e é onde a resistência organizada se revela, preparando uma revolução.
Agora o terceiro... bem... não vou dizer que não gostei. Nada disso. Mais que não fosse, ver satisfeitas curiosidades que se arrastavam há dois livros, já justifica ler o último. Mas talvez por ter a fasquia bem alta, o último capítulo da trilogia não me conquistou arrebatadoramente, como eu gosto de ser pelas histórias que escolho.
Achei toda a viagem de conquista do Capitólio, de um exagero quase grotesco e as revira-voltas demasiado previsíveis. O papel de coitadinha, depois de tudo, assenta mal à protagonista, tal como a loucura do Peeta, que se desvanece em menos de nada. Ou a indiferença do Gale perante os novos desenvolvimentos na vida de todos.
Mas houve uma coisa de que gostei bastante. A maneira que a Katniss arranjou para democratizar Panen... arriscando a sua posição no lado dos rebeldes ao matar de um deles, em vez do Snow.
Para quem é fã da saga... vai ficar a pensar, como eu, porque raio decidiu Suzanne Collins tornar esta história numa patetice para adolescentes, quando tinha matéria para fazer história literária?
E ficarão um pouco frustrados.
Mas enfim.
Get over it.
No final das contas não me arrependo nada de os ter lido todos e de me ter divertido com a melhor personagem de sempre num triângulo amoroso, a mistura de dois rapazes em luta pela rapariga - PeetaGale. Ou talvez isso tenha sido apenas uma sátira à saga.
Ah, foi isso. :)
Boas leituras,
BM
2 comentários:
Ora aqui está uma saga que não li, mas, pelo que escreves, parece interessante, apesar dos altos e baixos. Vi o filme este ano e gostei da permissa.
Abraço e continuação de boas leituras.
O problema é ser demasiado juvenil... de resto, muito bom.
ab
BM
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