terça-feira, 25 de dezembro de 2012

A Vida de PI ou uma lição para acreditar em Deus?


A incrível história de um rapazinho que sobrevive 227 dias em alto mar, dividindo um bote com um tigre de Bengala. 

But first things first. 

PI é o dimunitivo de Piscine, o nome real a quem Suraj Sharma dá vida, numa interepretação digna dos mais altos reconhecimentos. Após ter sido gozado vezes sem conta pelos seus colegas de escola, Piscine decidi adoptar PI como seu nome e faz dele a bandeira do seu destaque, apresentando-se em cada aula com mais uma curiosidade sobre este belo número que qualquer homem da ciência aprendeu a amar. A apoteose acontece na aula de matemática quando PI preenche mais de 3 quadros de ardósia com infindáveis casas decimais do seu novo nome. 

Começa bem, esta fita. 
 O rapaz passa de Piscine a PI e de gozado a herói. 

Vai crescendo e cedendo às tentações da vida, mas sempre no caminho de Deus, partilhando a fé de três religiões, até que conhece Anandi, a sua amada. Quando as coisas parecem correr-lhe de feição, o pai, dono de um zoo, decide deixar Pondicherry, a sua terra na Índia para tentar a sua sorte no estrangeiro. Levam com eles todos os animais, na esperança de fazer bom dinheiro com eles. 

Mas... durante a viagem... tudo corre mal. Parece o "Titanic, o remake". 

O barco afunda-se. Todos os passageiros morrem. Excepto PI. Pensa ele. 

No bote salva-vidas, afinal, estão também uma zebra (ou um marinheiro?), um orangotango (ou a sua mãe?), uma hiena (ou o cozinheiro?) e um Tigre - Richard Parker (ou ele mesmo?). 

O filme desenrola-se por entre as ondas de um mar revolto, medusas brilhantes, orcas gigantes e peixes voadores. 
Tempestades e discussões com Deus. 
Com batalhas pelo território e infortúnios. 

E mais não conto!!! 

Só posso acrescentar que é um extraordinário filme. 

A história de Yam Martel, que ganhou o Book Prize em 2002, é contada com mestria por David Magge, que a adaptou ao cinema e por Ang Lee que a dirigiu e realizou. 
Contam-nos uma história alegórica, cheia de cor e efeitos especiais, que estará ou não apenas na cabeça de um rapazinho perturbado que, quando é resgatado, conta uma outra história, ligeiramente diferente do que aquela que acabámos de ver e cabe-nos a nós decidir em qual delas acreditar. 

Com qual delas nos identificamos mais. 
Se aprendemos ou não a acreditar em Deus. Talvez um filme não seja suficiente para isso. 
Mas uma coisa vos garanto: é impossível ficar indiferente a uma história destas.

BM

3 comentários:

Ricardo disse...

Proposta interessante, sim senhor.

Bruno Martins disse...

Não te vais arrepender!! :)

ab
BM

Ricardo disse...

Pois é, tinhas razão ;)