Sugestão de Natal e devaneios literários

A grande saga que nos deixou colados ao ecrã na nossa infância chega-nos agora em BD numa edição portuguesa. Até agora, nada de novo. Já existiam outras. A piada desta, porém, é que respeita a versão original e o livro lê-se ao contrário do que estamos habituados: de trás para a frente e da direita para a esquerda.

O meu sangue Árabe já me levava a fazer isto muitas vezes, mas com livros era um bocadinho chato... saber que o Zé António morre com uma faca espetada no escalpe, sem saber quem é o senhor, fazia-me sentir um tanto ou quanto desconfortável, pelo que optei fazer isso apenas com revistas... daquelas em que só lêem as gordas e as caixas, porque o que interessa mesmo são as fotos das miúdas giras.

Foi o que aconteceu ontem, quando desfolhava uma revista, da qual já não me recordo o nome (catano, pá), mas que me prendeu a atenção por ter um texto erótico cujo título dizia assim: "O Arquitecto do Amor". Lá está, li as gordas e as caixas e... o fim. Que contava: "(...) Era incansável aquele seu pilar de betão, que jorrava uma inspiração quente dentro de mim."

Achei tão erudito e tão apropriado para estar na mesa de um café, onde qualquer criança que esteja a metade da primeira classe já consiga decifrar, que não resisti a transcrever estas sábias palavras de Carolina Mello.

E eis porque sugiro Dragon Ball apenas para adultos. Não sei que raio se passou na cabeça de Akira Toriyama quando escreveu estas tiras. Devia estar no cio. Criou a Bulma, uma taradona sexual, o Son Goku, um puto que nada sabe e pensa que a Bulma, coitadinha, perdeu as "suas Bolinhas" e vai lá mexer para se certificar, um Oolang que troca favores para ver as cuecas da Bulma e até o Tartaruga Genial que alicia Bulma (raios partam a chavala que é uma porcalhona) a despir-se para seu deleite gráfico a preto e branco.

Este número 1 da saga do pequeno rapaz macaco arrancou-me sonoras gargalhadas. Quem quiser ofercer-me as restantes, por favor, esteja à vontade.

Insisto: altamente recomendável para uma económica e hilariante prenda de Natal, ao contrário dos brejeiros textos dessa tal senhora Carolina.

BM