segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal

E hoje, em vez de me queixar dos cortes nos salários e nos subsídios, das privatizações, dos aumentos das taxas moderadoras e dos impostos ou até mesmo da recente extinção da minha e de mais de um milhar de freguesias... apetece-me esquecer as nossas misérias, pelo menos por um momento. 

 Voltar a ser criança e viver o meu Natal, como sempre cá em casa: à volta com os meus, à mesa a conversar, com a televisão a falar baixinho e sozinha lá ao fundo, o ambiente quente e as filhoses que fazemos juntos. Penso em tudo o resto no dia 26. Hoje que se lixe. 

Perdoe-me o mundo, mas prefiro tirar um dia ou dois para descansar e lutar no resto do ano, e não o inverso. 

E não, isto não é uma indirecta para ninguém. 

Digo muito directamente que a caridadezinha no Natal é um atraso de vida e as dificuldades das pessoas são provocadas por outras pessoas e não é por comprarem um pacote de arroz para lhes dar no Natal que alguma coisa vai mudar. 

Pelo contrário, se fizerem alguma coisa durante todo o ano, talvez possamos construir um mundo novo, melhor. 

 Até lá, hoje serei criança. 

E deliciar-me-ei com as minhas filhoses, ao som da minha música de Natal preferida:

   


FELIZ NATAL!

 BM

3 comentários:

Ana disse...

Muito bem!

Claro que essas filhoses só ficaram espetaculares devido ao apoio moral que vos estive a dar durante todo o tempo. =)

E pronto, finalmente alguém que não vem dizer que o Natal é tempo de introspeção e reflexões espirituais. Venham de lá o resto das prendas, dos doces, das músicas de Natal e dos serões em família.

Beijo

**

Bruno Martins disse...

Não... para mim, sabes bem, isso é uma hipocrisia. "Parece uma desculpa para um ano de costas voltadas e o que interessa é se as prendas estão compradas..."
Já dizia o AC e com razão.
Gosto de poder fazer isso o ano inteiro. :)
Já as filhoses... é que são só mesmo no Natal. ahahah

bjs
BM

Ricardo disse...

Feliz Natal, Bruno, e um excelente ano novo.
Abraço, Ricardo