Só tenho pena que se esqueçam que não é só importante ter corpos bonitos, mas que é ainda mais importante ter corpos saudáveis. Combinar os dois é que realmente interessa.
Fico triste ao ver estas pessoas com quem partilho treinos a julgarem-se médicos de trazer por causa e a auto-prescreverem-se suplementos e suplementos e suplementos de origem duvidosa.
AHHHH e esta forja é dura que nem cornos! Xiça! :)
Após alguns anos de afastamento (porquê?), este fim de semana foi tempo de pôr termo ao jejum de Revista à Portuguesa!
Lembro-me de ser um pirralho e sentar-me na frisa do Maria Vitória e pensar "que raio se passa aqui? que gente marada é esta?" E sair de lá a pensar "se um dia a Medicina der pró torto, venho prá'qui fazer isto!". :D
Neste sábado a boa da maninha fez o favor de levar família e amigos ao Teatro Maria Vitória para ver:
Neste teatro onde me habituei a ver a Marina Mota, a Noémia Costa, a Maria João Abreu e tantas outras serem BRILHANTES, sentei-me na poltrona de Rui Mendes. Só podia ser um bom pronúncio para o que aí vinha.
E foi!
Florbela Queiroz, Paulo Vasco e Carlos Queiroz à cabeça de um elenco jovem e talentoso, não deixam a sua idade ser impeditivo para se distinguirem naquele palco. A Florbela, com claras dificuldades físicas, não faz nada má figura, bem pelo contrário. Paulo Vasco, impecável, como de costume. Carlos Queiroz não me lembro de ter visto ao vivo, mas gostei da sua prestação. A sensação do Fado, Joana Baeta, é dona de uma potente voz que, sem pretensões, enche a casa com a sua musicalidade. Vanessa de quem, confesso, não sou grande fã, faz um número de menino de rua de elevada qualidade.
Os bailarinos, figurinos e música são também bastante bons.
Posto isto, não há qualquer razão para não irem JÁ ao Parque Mayer e ver este teatro que é tão e só nosso... e sair de lá a gritar a plenos pulmões "Eu sou a Lisboa Moderna!!!!!"
"Mas a Lisboa que se preocupa com as pessoas, com as tradições, com os monumentos, com o seu potencial. A Lisboa que é moderna, mas que não esquece a Lisboa Antiga. A Lisboa que é Moderna, mas que quer ser ainda melhor!"
Escrito por Rosa Soledade Couto, poetisa Canecence, "Quero-te Abril sempre e sempre!..." foi o poema que tive a honra de declamar esta madrugada num Largo do Coreto repleto de gente. Gente que queria dançar, que se queria divertir, mas gente também que se abraçou para cantar Grândola Vila Morena.
Hoje mais que nunca, é preciso lutar por um rumo diferente, por uma alternativa, por uma vida melhor. Por uma sociedade mais justa e de oportunidades.
Contem comigo para esta dura batalha. Eu conto convosco.
Tive um dia extraordinário, com pessoas fora de série. Quanto mais ouvia... mais queria ouvir. É pena não podermos ter pessoas daquelas no bolso para consulta sempre que quisermos...
Quando tens pouco tempo para expressar aquilo que sentes, ou para escrever textos inflamados sobre temas que te interessam ou que te preocupam, tens uma de duas hipóteses: finges que não te incomodas com isso e vais fazer o que tens a fazer ou então escolhes o caminho que te permite não adormecer sobre o assunto e te acomodares. Claro que podias sempre roubar tempo de sono ou de outra coisa qualquer para escrever, já que disso tanto gostas. Mas, convenhamos, com o corpo e a cabeça desconectados, a verborreia seria mais do que muita e ninguém tem paciência para isso.
Eu escolho não esquecer. Isso não faz de mim rancoroso. Antes atento, prefiro pensar. E se tenho pouco tempo para dizer o que me apetece, decerto já alguém (e com toda a certeza mais iluminado que eu) pensou no mesmo. Nunca sentiste que podias ter sido tu a escrever "aquela" música? A mim acontece-me a todo a hora e quando isso acontece, aliado ao facto de não poder escrever tanto quanto gostaria, parece que partilhar "aquela" música alivia um bocadinho. Fica o pensamento "alguém, caramba, há-de perceber What's the point", e percebem sempre. Muitos. Aqueles. Os que interessam.
Finalmente hoje percebi qual o propósito de se produzirem músicas muito más.
Foi uma epifania, enquanto o instrutor gritava: ESMAGAAAA esses abdominais. Porra, tá bem, pá!
Lá por trás dava esta música, que acho péssima:
Agora percebo: é para nos irritar!! Irritados até parece que fazer 300 abdominais é um passeio no parque.
A ira transforma-se em energia e adrenalina!
A cada nota que a menina tem soltar, elevas-te mais um pouco e em menos de nada tens os abdominais a arder e aí sabes que fizeste um bom trabalho. Tens é os ouvidos cheios de lixo. Não se pode ter tudo, né?