As coisas que eu invento para adiar a escrita das coisas a sério...
Mas somewhere in a sctoland road, tentando desesperadamente encontrar uma estação de rádio a passar música, num zapping frenético com a mão esquerda, a antena pára e oferece-nos isto, directamente saído do seu velhinho ano de 2004:
Foi preciso ir à Escócia para relembrar este grande som que ouvia no bar da faculdade.
Para além do Olhares, onde vou tentar colocar algumas fotos diariamente, tenho também já um novo álbum no Flickr com as fotos que seleccionei da Escócia.
Acabado de chegar a Portugal, fui informado que tudo correu bem graças ao esforço incansável da minha família, a quem rendo os meus sinceros agradecimentos.
Deve ter dado um trabalhão do cacete montar aquilo tudo. E é não só por mim, mas também em honra do trabalho deles que vos convido uma vez mais a passar pela LX e ver as novas fotos.
Até lá, fica um pequeno resumo do primeiro dia.
As fotos não mostro, para ser surpresa. Mas podem já ter uma ideia do espaço enorme onde elas estão!! :D
Porque "em Roma sê Romano" é algo que gosto de pôr em prática, desde que isso não vá de encontro aos meus valores, "na Escócia, usa KILT" era obrigatório.
Não só usei, como o comprei e me deixei fotografar com ele.
E, para me inspirar para a escrita do relato da viagem e de algumas dicas para quem for viajar pelo país dos imortais... aqui fica a foto para vosso divertimento (se calhar devia ter cortado nas batatas fritas antes de ter tirado esta foto, mas enfim):
Agora a sério: em breve, novos textos com sugestões de visitas pela Escócia e, depois, em Dublin.
Prometo! Deixem-me só arrumar a saia, ah disparate, a casa...
A LX Factory abrirá as suas portas a todos quantos quiserem ir ver o melhor que por lá se faz, na próxima 6ªf, dia 18 de Maio.
in lxfactory.com
Para além disso, convidou vários artistas para exporem os seus trabalhos, de maneira a, palavras dos próprios, acrescentar valor à iniciativa.
Felizmente, fui um dos "artistas" contemplados com a oportunidade de mostar parte da minha colecção de fotografias, numa exposição que começou em 2010, logo após ter concluído o curso de fotografia de Luiz Carvalho, ali mesmo na LX e que chamei de "Olhares de um Viajante".
Desde essa altura até agora, tenho rodado a exposição por várias galerias, em várias cidades do nosso país e começava a sentir que este conjunto estava a chegar ao fim da sua vida útil enquanto exposição itenerante. Isto quando surge este convite. Achei perfeito! Acabar um ciclo, exactamente no sítio em começou. Parecia pré-destinado. E assim vai ser.
Apenas com uma nuance importante. Como se devem lembrar, deste artigo, eu gosto da continuidade das coisas E, como tal, esta exposição marcará não só o fim da "Olhares de um Viajante", como também o início de uma outra, que ainda não baptizei, mas que estará igualmente patente a partir do dia 18 na LX. Na verdade, as fotos novas estarão misturadas com as antigas, casando os dois mundos, o velho e novo, e perpetuando o meu olhar sobre o mundo.
Como também já sabem, não estou em Portugal. Continuo na Escócia, onde vim apresentar o meu trabalho de investigação. Por isso, no dia da inauguração estará a minha incansável apoiante, amiga e irmã - Mónica Martins - a fazer as honras da casa. Se puderem, passem por lá e digam-lhe olá. E já agora vejam as novas fotos e deixem comentários.
Bjs a quem é de bjs e abraços para os restantes,
BM
Após dois longos dias, cheiosde palestras, cursos e posters, a minha
tarefa principal neste congresso – IRPA 13 - ficou concluída.
O congresso da IRPA realiza-se de 4 em 4 anos e reúne os
melhores especialistas em protecção radiológica do mundo. Isto significa que
não é a coisa mais fácil do mundo estar-se representado no painel de autores
deste congresso. É por isso que, sem qualquer falsa modéstia, me assumo
bastante contente por ter apresentado o meu trabalho rodeado por pessoas nas
quais me baseei para o fazer. Olhar para o lado e ler no poster “XU, X” e
pensar que foi o livro dele que me possibilitou estar aqui hoje… ou ir ao
auditório e ouvir o senhor Stabin, autor que mais citei na minha tese, a falar
de fantomas e modelos Biocinéticos…. foi uma das coisas mais surreais que já me
aconteceram.
E partilho isto convosco hoje, porque penso que devemos
orgulhar-nos do que somos, do que temos e do que fazemos. Não acredito na
teoria dos coitadinhos e dos pobrezinhos. Sei que os portugueses são tão
capazes do melhor como qualquer outro povo.
No último dia de trabalho antes da minha ida para Glasgow, fui ao Salão Preto e Prata, no Casino Estoril, ver o mix de musicais, encenado(s) por Filipe La Feria.
"O Melhor de La Feria" começa com o sonho de La Feria de encenar os melhores e maiores musicais que se faziam pelo mundo. O menino cresceu e não só já encenou alguns dos seus sonhos internacionais, como também inovou com espectáculos bem portugueses, como é disso exemplo o maior sucesso da história do teatro em Portugal, o musical "Amália".
É um espectáculo notável, como era de esperar. Tive o privilégio de ver o original de La Feria de muitos dos musicais que este best-off compila. Sempre fui fã assumido. Lembro-me de ir ver a Anabela, há quase dez anos e andar a cantar coisas com g em vez de r. E ficar com um sorriso nos lábios todo o dia.
Para quem gosta do género, não vai de lá sair defraudado. La Feira é, de facto, um génio no seu ofício.
Não posso deixar de render o meu reconhecimento particularmente ao meu amigo e orientador Prof. Doutor Francisco Alves, peça fundamental neste processo.
Nua rua que já vai sendo a mais popular não só do meu blogue, mas também da face de uma Lisboa renovada - a do Alecrim - nasceu mais um espaço que veio enriquecer o panorama gastronómico da capital.
Para além dos prédios renovados, de novos espaços como o restaurante do Olivier ou a Pensão Amor, há também este Storik, por onde já tinha passado umas vezes e ficado bastante curioso.
Ontem, por motivos de confraternização em família com a nossa mãe, num dia que comemoramos como um extra, pois seus serão sempre todos os nossos dias, fomos jantar neste restaurante, cuja principal atracção é a "Flammekueche", ou "Flamme", iguaria proveniente da Alsácia, mais propriamente do norte de Estrasburgo.
A Flamme é, antes demais, parecida com uma pizza, como podem comprovar na imagem ao lado. A massa é fina e estaladiça e, ao invés do tradicional mozarella das pizzas, é coberto por queijo fresco (fromage frais ou fromage blanc na língua original), cebola e bacon. Estes são os ingredientes de base, mas depois há uma enorme variedade de outras composições possíveis, inclusivé adequadas para vegetarianos. Recomendo particularmente a Flamme de queijo chévre e mel... uma real orgia de sabores completamente inesquecível.
O restaurante tem também uma sala lounge e uma sala multiusos, onde poderão apreciar exposições de fotografia, pintura, etc. E, se por acaso, a Flamme não vos conquistar, poderão sempre optar pelo Sushi, outra das especialidades da casa e ainda por cozinha de fusão internacional.
Mais um local da nova Lisboa que recomendo vivamente.
"The Raven" é a nova película do realizador de "V for Vendetta", James McTeigue, e conta com John Cusack no principal papel. E que papel esse que John teve a responsabilidade de interpretar. Nada mais nada menos do que o escritor que inspirou este e tantos outros filmes... o grande, o único... Edgar Allen Poe.
Já tive oportunidade de escrever sobre ele por aqui; se o quiserem recordar, é favor clicar para ler. Como tal, não me vou alongar em elogios ao artista, apesar de ele merecer cada um dos adjectivos que me passam pela cabeça sempre que leio uma das suas histórias.
Consigo perceber porque é que as pessoas se deixam levar pelo seu imaginário sombrio. É que a linha que separa a ficção da realidade é tão subtil que, por vezes, parece que Poe não é mais do que um jornalista a relatar algo que se passou realmente. Mas não. Tudo provém da sua cabeça.
Agora, daí até acontecer o que acontece neste filme... já é preciso ser-se ligeiramente, vá, psicopata.
Um dos maiores fãs do escritor, cuja identidade permanece misteriosa até poucas frames do final do filme (e, melhor, uma personagem que se mantém muito camuflada, sendo muito difícil desconfiar dela quase até ao fim... o que nem sempre acontece neste tipo de thriller que, mesmo querendo levar-nos numa direcção, consegue-se logo perceber que se nos querem levar para a esquerda, é porque é para a direita... mas neste não!!), começa a matar pessoas tendo como inspiração... as fantásticas histórias de Poe.
Alimentando-se da genialidade do escritor, o psicopata vai recriando os ambientes, as personagens das histórias e, naturalmente, também o seu enredo e desfecho, matando as suas vítimas com todos os pormenores descritos por Poe.
Como era de esperar, Poe foi o primeiro suspeito dos assassínios. Acontece que, no momento em que está a ser interrogado, mais um crime é reportado, desta feita com o "O Poço e o Pêndulo" como pano de fundo. A partir daí é chamado a participar na investigação, de maneira a antecipar os passos do assassino. Poe é a sua inspiração, mas não posso deixar de dar créditos também à sua imaginação e engenho ao deixar pistas e manipular toda a gente até conseguir raptar e manter cativeira a amada de Poe. Para a descobrir, Poe terá de continuar a escrever e a publicar as suas histórias de terror, mas desta feita passou de autor a personagem, escrevendo o seu próprio destino naquelas páginas de jornal.
E, tal como convém a um gótico dedicado, envolto em sombra e tragédia, troca a sua vida pela da sua amada.
É um filme bastante bem conseguido, cheio de suspense e que nos incomoda, tal é o nível da ansiedade que transmite. Penso que é esse o objectivo deste tipo de filme e, portanto, este cumpre na perfeição.
Certamente um dos melhores filmes do ano, até agora. Penso só que John Cusack não foi a melhor escolha para esta personagem... não estou com isto a dizer que está mal, longe disso, mas penso no que um Robert Downey Jr poderia ter feito com ela... só faltou um desempenho soberbo para esta película ser uma masterpiece.